A diabetes está associada a uma elevada mortalidade relacionada com o risco de complicações ao nível cárdio e cerebrovascular, renal, oftalmológico e vascular periférico. A luta contra a sua expansão implica necessidade de medidas consistentes e programadas em termos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
O conhecimento da sua epidemiologia é fundamental para qualquer programa que pretenda eficazmente combater o seu crescimento.
A Organização Mundial da Saúde realizou o primeiro relatório global
sobre a Diabetes, tendo concluído que esta doença mata doze pessoas por dia em Portugal.
A prevalência da diabetes tem vindo a aumentar em todo o mundo nas últimas décadas e Portugal não é exceção, estimando-se que quase um milhão de portugueses sofram de diabetes, predominantemente homens (10,7%), mas também mulheres (7,8%). Estes números são inferiores aos apurados pelo Observatório Nacional da Diabetes, relativamente a 2014. segundo os quais a prevalência estimada da doença na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos foi de 13,1%. a que se juntam mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes.
A evolução desta doença está comprovada com o facto de o número de adultos com diabetes ter quadruplicado desde 1980. Cerca de 422 milhões de adultos em todo o mundo viviam com diabetes em 2014, quatro vezes mais do que em 1980, segundo a OMS.
O comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andnukaitis, que esteve em Portugal aquando das celebrações do Dia Mundial da Saúde, considera que a diabetes é uma preocupação para a Europa, mas especialmente para países como Portugal, onde a mortalidade provocada por esta doença é quase o dobro da média da União Europeia."Com 24% dos adultos a sofrerem de obesidade e 59% em situação de excesso de peso, não é de admirar que Portugal tenha uma das taxas mais elevadas de diabetes da UE e que a mortalidade provocada pela diabetes seja quase o dobro da média da União Europeia (UE)", afirmou.
Para o comissário, "estes números constituem motivo de grande preocupação, uma vez que têm um impacto negativo não só no bem-estar físico e na qualidade de vida dos doentes, como colocam também uma forte pressão sobre o sistema de saúde de Portugal".
Grupo Cooprofar/Medlog
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