Nem com muita sorte um pai ou uma mãe conseguirá comprar a vacina contra o meningococo 13 (com o nome comercial de Bexsero) nas farmácias. Esta esgotada desde Abril — e só será reposta em junho, de acordo com a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK).
A SÁBADO fez o exercício. Numa primeira farmácia, em Lisboa, não sabem quando a recebem. Noutra, ainda na capital, a resposta é a mesma. Na Margem Sul do Tejo, mais do mesmo. Uma farmácia do Barreiro, que vende cerca de 19 por mês, ficou sem o produto em stock em meados de abril. Situação igual numa outra de Sesimbra. E será semelhante em todo o País, já que a última colocação no mercado aconteceu no dia 26 desse més, refere a GSK. Mas o infarmed registou a rutura a 11.
A GSK, que recentemente adquiriu o portefólio de vacinas da Novartis, aponta a "conjunção de dois fatores" para a falha. Por um lado, diz à SÁBADO fonte oficial da empresa em Portugal, houve um "aumento significativo da procura ao nível global". Dados nacionais, cedidos pelo infarmed, confirmam-no. Em dois anos, mais do que triplicou o número de embalagens da vacina contra o meningococo vendidas. Em 2014, foram 67.427; e, no ano passado, 244.189. Neste momento, a vacina produzida pela GSK está licenciada em cerca de 35 países. Incluindo os Estados-membros da União Europeia, Estados Unidos. Canadá. Austrália. Argentina, Chile. Uruguai, Brasil.
A "complexidade e tempo de fabrico" é o segundo motivo avançado pela farmacêutica. Leva cerca de dois anos a ficar pronta. Como não está incluída nas vacinas do Programa Nacional de Vacinação, são os pais que pagam os 90,09 euros por cada uma das doses (duas ou três) prescritas pelos pediatras.
Grupo Coop/Medlog
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