quinta-feira, outubro 27

Farmácias inglesas enfrentam cortes no financiamento

​Um quarto das farmácias inglesas está em risco de encerramento após o Department of Health ter anunciado um corte no financiamento do sector​, da ordem de 12%, para 3,0 mil milhões de euros, entre Dezembro de 2016 e Março de 2017. Para 2017/2018, será aplicado novo corte, para 2,9 mil milhões de euros. A forma como o financiamento é distribuído também sofrerá mudanças: Passará a haver pagamentos em função da qualidade dos serviços prestados e será introduzido um sistema de acesso ao alvará de  serviços 
O Governo garante que os cortes não comprometerão nem a qualidade dos serviços nem o acesso aos mesmos. Considera ainda que existem mais farmácias do que as necessárias para manter um bom acesso dos utentes. Como razões para o corte anunciado, o Executivo aponta o aumento em 40% da despesa nas farmácias (representa um gasto de 3,1 mil milhões de euros) e um aumento de 18% do número total de farmácias, que ultrapassa as 11.500, ambos na última década.
Pharmaceutical Services Negotiating Comittee (PSNC), que discorda da proposta do Governo, alerta para o risco de encerramento de 3.000 farmácias e para a necessidade de eliminação de serviços de saúde gratuitos nas farmácias. O PSNC prevê “tempos difíceis” para as farmácias caso a redução do financiamento se concretize.
Segundo o English Pharmacy Board, os cortes afectariam a qualidade dos cuidados aos utentes: «Nós tememos pelos doentes, pelo público e pelas farmácias que possam ser significativamente afectados pelas mudanças nos horários de funcionamento e pela redução do número de colaboradores das farmácias.».
Desde que o Department of Health anunciou pela primeira vez a intenção de cortar no financiamento, em Dezembro de 2015, as entidades do sector apresentaram várias propostas alternativas, garantindo que o alargamento dos serviços farmacêuticos seria a melhor solução. No entanto, o Governo ignorou todas as sugestões, mesmo após o PSCN ter divulgado dados que demonstram que os cortes iriam afectar sobretudo as áreas com maiores desigualdades em saúde.

Fonte: ANF online